quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cortiçando


Hoje fui novamente pra Liberdade (tudo bem que moro na Liberdade, mas digamos que fui mais pro centro) encontrar-me com umas amigas que fiz morando numa pensão semestre passado.
Eu as vi, abracei, abracei, abracei, começamos a falar da vida, mas como a fome estava latente largamos os assuntos iniciantes e fomos para um restaurante chinês. Lindo, e nenhum brasileiro à vista. Sim, nenhum dos funcionários eram brasileiros: tivemos que nos comunicar usando as mãos. Mas enfim pedimos o tradicional yakissoba e fomos felizes.
Percebemos que as chinesas ficavam nos olhando e de modo nada delicado. Eis que nos levantamos para ir embora e elas voam para a mesa feito corvos num boi morto no sertão. Não para comer, mas para xingar e recolher os pratos. Achei estranhíssimo, falta de educação mesmo, mas foi uma cena impagável, e de cenas impagáveis não se reclama.

Toda vez que vou pra lá acabo encontrando situações inusitadas e pessoas, no mínimo, diferentes. Hoje o destaque vai para um homem que pareceu a mim muito semelhante ao João Romão, do livro O Cortiço, de Aluísio de Azevedo. Assim..o cara estava saindo de um mercadinho, cheio de pastas, e com uma atitude de machão. Era o personagem ali na minha frente! Ah! Agradeço muito por momentos assim! Ou então eu apenas tenho problemas.

3 comentários:

Péptideo disse...

vcs fizeram algo de errado la.
aposto q sujaram a toalha dela de shoyu

leandro disse...

vai ver elas tinham TOC.

decio h disse...

Alguns desses restaurantes são mesmo "xenófobos", digamos assim. :)