sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sobre Desacreditar


Vivemos "desventuras em série". Somos pessoas desacreditadas, mas temos uma enorme vontade de acreditar. Desventuras... logo nós desacreditamos. Desacreditamos para um dia sermos surpreendidos. Somos surpreendidos e indagamos o futuro: é agora hora de acreditar ou continuar desacreditando? Nós, desventurados por costume e mania, desacreditamos.



Enfim vai aí um poema que encontrei nas beiradas da minha apostila do ano passado. Não faço a mínima idéia do contexto, o que me intriga um tanto:

E ela me pagou em parcelas
O filho que carregava no ventre
Tão doce e sombria quanto intencionava
Roubava-me o futuro escuro que prometia

De segundo a minuto
Passava-me mão na mão
E dar-se-ia por perdida
Não mais que consagrada em canção

Por vezes lhe roguei
Que roubasse daqui o que quer que achasse fosse seu
Para mais breve deixar por terra
Sentimentos aos quais não convalesceu



(obs.: a imagem é da rua em que moro)

6 comentários:

leandro disse...

Eu não sou desacreditado, sou desenganado.

E o poema só pode ser sobre aborto.

carolina disse...

desventuras em séries. acho que sei da onde isso surgiu. hshs. lindo, flor ,)

decio h disse...

Sobre a imagem, a rua parece um tanto macabra.

Luana Harumi disse...

Pensando bem, deve ser mesmo sobre aborto. Estava na parte de Biologia. Vai saber...

Décio querido, você SABE que a rua é macabra! Huahua!

decio h disse...

Deve ser porque você mora na ponta errada. :)

Luana Harumi disse...

Se eu morasse na outra, gastaria muito com sucos de aloe vera.